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Férias verão 2018 – 2ª parte

E continuando a nossa aventura, assim que chegámos ao Reino Unido começou também a aventura da condução à dta 😅 O Mário é uma pessoa bastante (para não dizer muuuuuuuito distraída) e confesso que o receio que eu tinha dele entrar numa rotunda em sentido contrário era gigante…mas parece que ele interiorizou, e de uma forma quase imediata, a nova situação! Penso que o facto de haver muitos carros à volta foi positivo porque agimos por imitação o que se revelou bastante facilitador.

Quando saímos do barco fomos directos para a casa dos nossos amigos na zona de Wembley. Pensávamos que ia ser rápido e teríamos de arranjar algo para fazer até eles chegarem a casa do trabalho mas o trânsito em Londres e imediações é caótico, por isso acabámos por chegar bastante mais tarde e a Inês já estava em casa para nos receber 😊 Quando decidimos fazer esta viagem até à Escócia “soou” logo na minha cabeça uma oportunidade para visitar estes nossos amigos, era impossível passar por ali e não ir ter com eles! A ideia foi muito bem recebida por eles, que estando de regresso de lua de mel dois dias antes, portanto cansados e a precisar de descansar, mesmo assim fizeram questão de nos receber, preparar um fds de passeio pela cidade, presentear-nos com refeições maravilhosas que o Tiago tão bem sabe fazer e acolher-nos na casa deles com uma hospitalidade gigante tão característica deles. 
No fds, passeámos de barco e visitámos o Richmond Park, onde fizemos um piquenique, andámos em busca de veados (ou Bambis como diz o Miguel), e tivemos sorte porque conseguimos ver alguns.
Houve também tempo para passear pela cidade, visitar o Maritime Museum, ir até ao Greenwich Park onde passa o meridiano, ver o planetário, almoçar no mercado de Greenwich, visitar a grande loja de brinquedos Hemleys e para o Miguel ficar a ver um desenho animado ao ar livre, enquanto eu e o Mário fomos à loja de Lego sem ele para lhe comprarmos uma prenda (não podia faltar um miminho para o fanático mais novo, sim porque há dois fanáticos de Lego lá em casa) 🙈
Esta pausa depois de 4 noites em tenda foi boa para renovar energias, usufruir de banhos quentinhos e de comodidades que não há no campismo. E o melhor de tudo, esta pausa serviu para a Inês encher os nossos filhos de mimos =)

Na 2ª feira de manhã seguimos viagem em direcção a Lake District National Park, uma região realmente muito bonita, em que tal como o nome indica tem imensos lagos que embelezam a paisagem. Parámos em Ambleside, para podermos conhecer uma cidade daquela zona, e aproveitámos para almoçar por lá.

Com a entrada no Reino Unido chegou o problema dos parques de campismo! Sinceramente custa-me muito chamar alguns de parques de campismo…para mim são descampados, com uma “coisa que parece uma casa de banho” e alguns com sorte têm água quente. São realmente medonhos! 😔
O primeiro parque de campismo ficava no meio do nada, não tinha sequer porta, nem ninguém para nos receber. Estavam lá algumas pessoas, nós chegámos, montámos a tenda e só no dia seguinte de manhã, enquanto estávamos a tomar o pequeno almoço apareceu um Sr. de moto4 (para chegar até ali o caminho não era de todo fácil para carros ligeiros) para receber o dinheiro! O lugar em si era lindíssimo, mas de parque de campismo tinha pouco…a casa de banho não tinha duche, apenas umas sanitas…basicamente senti que tive de pagar para fazer campismo selvagem com alguns vizinhos! Enfim… 😤
Seguimos viagem, para norte de Inglaterra em direcção à Muralha de Adriano. Já chegámos tarde e tivemos alguma dificuldade em arranjar parque de campismo, porque todos os parques que apareciam no GPS eram parques para autocaravanas, mas só conseguíamos verificar isso quando chegávamos lá. Por sorte encontrámos um, em que inicialmente nos disseram que estava cheio mas depois lá nos deixaram ficar num local que supostamente não era destinado a colocar tendas mas nós dissemos que não tinha problema, ficaríamos em qualquer lugar. Ficava mesmo no meio do parque, um local super ventoso, mas nada que umas estacas não resolvam. O parque tinha a casa de banho em óptimas condições e com água bem quentinha para o banho, soube tãaaaaaaao bem! 
A Sra. da recepção era muito simpática e deu-nos dicas do melhor sítio para ver a muralha e sem pagar. O monumento é algo grande e que é giro de ver “ao longe”, então aquela dica foi muito bem vinda, porque tínhamos estado a pesquisar e não chegaríamos até ali se ela não nos dissesse.

A próxima paragem já seria na Escócia, em Finnish Glen. Um local por poucos conhecido, que o Mário descobriu por acaso nas pesquisas sobre o país. Como não é muito visitado (ainda, acho eu!), não tem nada que o identifique, nem indicações, nem mesmo parque de estacionamento perto, os poucos carros que estavam, encontravam-se estacionados em cima do passeio, num cruzamento! Deixámos o carro e ficámos na dúvida qual seria o caminho, por sorte vinham umas pessoas de regresso e então fomos em sentido oposto ao delas, seguimos pelo meio de uma pequena zona arborizada até que chegámos a umas “escadas” (um misto de desníveis de terra, com raízes de árvores) mega inclinadas, cheias de lama e super escorregadias…resumo da situação, eu levava a Madalena no pano por isso não arrisquei descer com ela e também achámos melhor o Miguel não descer com o Mário porque o piso estava mesmo muito escorregadio. O Mário foi sozinho e trouxe as fotos brutais para eu me roer de inveja depois! 🙄 Porque é que não desci depois dele subir? Porque a Madalena estava a dormir tão sossegadinha que achei que não era justo para ela estar a trocá-la de colo, sujeitando-a a acordar e ao frio (estava tão quentinha no meu colo), só para eu ir visitar um sítio…! Prioridades de mãe! 😊

Rodas na estrada novamente e vamos lá procurar um sítio para dormir, que desta vez até foi +/- fácil, um descampado claro está, mas com recepção e casa de banho em condições, já não foi mau 😉

O tempo como já se estava à espera não era em nada parecido ao nosso verão 😅Estava quase sempre a chuviscar, ou mesmo a chover, frio e nublado! Passear e acampar vários dias nestas condições e com duas crianças não é fácil! O Miguel adora chegar ao sítio para dormir e tirar a bicicleta, explorar o espaço e brincar até à hora do jantar, o que era difícil e diria eu como adulto, desconfortável, porque para ele estava sempre óptimo…! Se o tempo estivesse mesmo mau a opção era ficar a montar puzzles dentro do anexo ou a ver livros!

 

De manhã a mesma situação, ele acorda, toma o pequeno almoço e gosta de ir andar de bicicleta, e algumas vezes mesmo com chuviscos, lá foi ele, de casaco vestido e gorro na cabeça, ficando depois ligeiramente molhado, mas não conseguia de todo mantê-lo fechado durante tanto tempo! 
Por este motivo das condições meteorológicas e das pausas do fim da tarde não poderem ser aproveitadas ao máximo, durante o dia quando estava o tempo um pouco melhor, tínhamos de aproveitar para parar e brincar se não o Miguel não aguentava! 
As crianças adaptam-se bem às situações, melhor que nós sem dúvida, embora às vezes não percebam o porquê de não poderem fazer algo que gostam e aí sim torna-se difícil fazê-los entender e principalmente durante tantos dias seguidos! 
A esta altura já sentia algum cansaço, pelo stress psicológico de ter de gerir toda esta situação do querer conhecer os locais e de estar mau tempo, de estar frio, de acampar com chuva, e para além disto o facto de ter uma bebé que acorda de duas em duas horas para mamar! Mãe sofre eh eh Mas quem corre por gosto não cansa! 💪😉
Posted in As nossas viagens, As nossas viagens Overland

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