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Miguel e a sua Marin

Em 2021 fomos à Islândia de bicicleta e durante a viagem o Mário filmou algumas imagens com o objectivo de criar um vídeo um pouco diferente. Este é o resultado. Esta viagem foi a maior aventura das nossas vidas, 460kms em 20 dias pelas Highlands e o Miguel com apenas 6 anos percorreu tudo na sua Marin San Quentin 20, sem ajuda.

Normalmente não costumamos valorizar muito a parte material, neste caso a bicicleta do Miguel, mas é muito difícil para nós separar o nosso filho e todas as aventuras que tem feito connosco da sua Marin azulinha. É verdade que poderia ter feito tudo isto com outra bicicleta, mas quis o destino que naqueles més de fevereiro de 2021, em plena pandemia, o pai do Miguel conseguisse encontrar uma Marin 20.

Além de bonita, com a geometria agressiva típica das Marin, era da cor preferida do Miguel. E o mais importante de tudo tinha três das características que procurávamos numa bicicleta para o nosso filho. Travões de disco hidráulicos, manípulos de mudanças como os tradicionais para adultos e pneus largos de 2.6”. Estas características numa bicicleta de 20” já são raras, principalmente para nós portugueses e então na altura em que foi, em plena pandemia com toda a escassez de bicicletas como se verificou, foi uma sorte tremenda o Mário ter encontrado uma na loja Holandesa Simplebikestore que prontamente a enviou para nós.

Na Islândia, a realidade é que o Miguel e a sua Marin fizeram algo incrível. Desde ter de descer longos trilhos onde tinha de travar continuamente durante vários minutos, o que demonstra a eficácia dos travões hidráulicos numa bicicleta para crianças, ás longas e difíceis subidas que mesmo na mudança mais leve não conseguia subir e tinha de levar a Marim à mão facilitado pelo baixo peso da bicicleta. Ou mesmo as zonas de areia dos desertos onde os pneus muito largos com baixa pressão permitiam ao Miguel andar sem grande dificuldade. E se podia ter feito o mesmo com outras bicicletas? Provavelmente sim, nunca saberemos ao certo. Mas o que podemos dizer é que nestes dois anos de aventuras por todo o tipo de terrenos, esta bicicleta permitiu ao Miguel percorrer desde os desertos de lava do Islândia às falésias inóspitas do “Cami de Cavalls” de Menorca e sem um único problema, exceptuando um pedal danificado e os normais furos.

Agora com 8 anos é tempo de evoluir e da despedida à sua Marin azulinha. Mas a história desta bicicleta não vai ficar por aqui. A irmã mais nova já sabe que daqui a um ano é a vez dela de percorrer o mundo na Marin e já tem estreia marcada também e não podia ser outra que não o regresso à Islândia.

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